Espelho, tinta plástica e metal – 2009. (Trabalho acadêmico)
Trabalho desenvolvido para a disciplina de IMADG (Influência dos Movimentos Artísticos no Design Gráfico).
Inspiração: Movimento Dadaísta.
“No ato criador, o artista passa da intenção à realização, através de uma cadeia de reações totalmente subjetivas. Sua luta pela realização é uma série de esforços, sofrimentos, satisfações, recusas, decisões que também não podem e não devem ser totalmente conscientes, pelo menos no plano estético.”
– Marcel Duchamp
Por meio de objetos comuns: um espelho, um prego e tinta vermelha, busquei representar as pressões sociais que sofremos e que afetam nossa autoestima e autoimagem.
Cada pessoa tem uma imagem de si mesmo e a maneira como vive é o resultado dessa imagem. Como nos vemos determina a maneira como vivemos. A nossa autoimagem é construída por vários fatores, como a educação, os estímulos do meio familiar, as experiências de vida, as palavras que ouvimos e que demos crédito, entre outros.
A autoimagem forma-se nos primeiros anos de vida, sendo a maior influência vinda dos pais, e de uma maneira geral, de todos aqueles cuja opinião respeitamos: professores, amigos, etc.
Pessoas que foram colocadas numa situação passiva, recebendo estímulos negativos formam uma autoimagem distorcida, negativa, têm dificuldade em relacionar-se com outras pessoas e sentem-se insatisfeitos consigo mesmo, acreditam que não os estimam pela baixa opinião de si mesmo.
A sociedade contemporânea estabeleceu padrões de beleza e comportamento, levando o indivíduo a formar uma autoestima doentia ou competitiva, e vende estes conceitos através de bens de consumo, forçando-nos a enquadrar-se em um padrão de comportamento estético e social, excluindo do convívio aqueles que de alguma forma se recusam a seguir este padrão.
Estes supostos padrões moldam pelo menos dois tipos distintos: um indivíduo que acredita estar trabalhando no incremento de sua autoestima quando na verdade está apenas satisfazendo uma vontade criada socialmente de ser notado ou de destaque; e um indivíduo que acaba se tornando retraído ou quase que totalmente solitário, como um protesto pessoal contra a corrosão e hipocrisia nos relacionamentos.
Este é, em minha opinião, o principal problema na manutenção de uma autoestima saudável na sociedade atual, nossa autoestima não pode ser reduzida ao medo de sermos excluídos, no entanto é isso que frequentemente acontece. Temores como a solidão e o abandono nos levam mesmo que de forma inconsciente a render-se as imposições sociais, anulando nossa individualidade e nos transformando em uma personalidade massificada, causando vários distúrbios psicológicos, como a depressão, por exemplo.





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